(pausa para respirar bem fundo e acalmar um pouco)
Está aqui o vosso humilde servo nas lidas caseiras, que isto de viver só, triste e abandonado (com o cão, entenda-se) e não ter empregada de limpeza é karma acumulado de várias centenas de vidas anteriores passadas em puro hedonismo e luxúria ( e chegou a hora de pagar tudo junto), quando é alertado por um vizinho que a dona são (quem???????) está na entrada do prédio a pedir satisfações e a acusar um gajo (eu) de ter deixado 4 lanços de escadas e 2 patamares em estado nunca visto de sujidade.
Fui ver... (e para meu espanto não era o ovário - piada dos anos oitenta que não sei por que raio veio aqui parar - mas sim a tal de "dona são")
A dona são (que suponho, no caso concreto, seja o diminutivo de "Maria da Estupidificação"), senhora que pela primeira vez vi, e constatei que já deve seguramente ter triplicado o duplo queixo, sofrido de papada mental, que tem camadas de tintas LIDL para cabelo de cores distintas, em "degrade", trata toda a gente por "Ó filho" e "Ó filha", que trabalha "nestas escadas há mais de 20 anos" e lava as escadas fazendo um yogui parecer aspirante de acrobata por limpar as escadas num perfeito ângulo de 90 graus pelo simples facto de já nem conseguir dobrar os joelhos, acusava-me de ter espalhado "esterco e toneladas de pêlo de cão pelas escadas abaixo" acrescentando um colorido à conversa num linguajar a que não estou habituado e para o qual nem tenho conhecimentos para responder em iguais termos.
Depois de lhe ter provado que não podia ter sido eu, que nunca poderia ter sido eu e que me estava a difamar, apoiado pelos vizinhos que iam entrando e saindo do prédio (se eu tivesse cobrado bilhetes para esta "performance" estaria agora a relatar-vos isto debaixo de uma palmeira num ilha paradisíaca rodeado de belas nativas lascivas em trajes reduzidos) e constatando nitidamente que só estava a perder tempo, sai-me:
"Está visto que a sua eloquência, quiçá inerente ao seu mister, e que não logro discenir, redunda notoriamente na nefelibata que não ouso avocar à realidade pungente".
Ficou ali, a dona são, derrotada, encostada à parede, com cara de esfregona ressequida, a coçar com uma mão a cor n.º 76 e com outra as partes baixas.
Está aqui o vosso humilde servo nas lidas caseiras, que isto de viver só, triste e abandonado (com o cão, entenda-se) e não ter empregada de limpeza é karma acumulado de várias centenas de vidas anteriores passadas em puro hedonismo e luxúria ( e chegou a hora de pagar tudo junto), quando é alertado por um vizinho que a dona são (quem???????) está na entrada do prédio a pedir satisfações e a acusar um gajo (eu) de ter deixado 4 lanços de escadas e 2 patamares em estado nunca visto de sujidade.
Fui ver... (e para meu espanto não era o ovário - piada dos anos oitenta que não sei por que raio veio aqui parar - mas sim a tal de "dona são")
A dona são (que suponho, no caso concreto, seja o diminutivo de "Maria da Estupidificação"), senhora que pela primeira vez vi, e constatei que já deve seguramente ter triplicado o duplo queixo, sofrido de papada mental, que tem camadas de tintas LIDL para cabelo de cores distintas, em "degrade", trata toda a gente por "Ó filho" e "Ó filha", que trabalha "nestas escadas há mais de 20 anos" e lava as escadas fazendo um yogui parecer aspirante de acrobata por limpar as escadas num perfeito ângulo de 90 graus pelo simples facto de já nem conseguir dobrar os joelhos, acusava-me de ter espalhado "esterco e toneladas de pêlo de cão pelas escadas abaixo" acrescentando um colorido à conversa num linguajar a que não estou habituado e para o qual nem tenho conhecimentos para responder em iguais termos.
Depois de lhe ter provado que não podia ter sido eu, que nunca poderia ter sido eu e que me estava a difamar, apoiado pelos vizinhos que iam entrando e saindo do prédio (se eu tivesse cobrado bilhetes para esta "performance" estaria agora a relatar-vos isto debaixo de uma palmeira num ilha paradisíaca rodeado de belas nativas lascivas em trajes reduzidos) e constatando nitidamente que só estava a perder tempo, sai-me:
"Está visto que a sua eloquência, quiçá inerente ao seu mister, e que não logro discenir, redunda notoriamente na nefelibata que não ouso avocar à realidade pungente".
Ficou ali, a dona são, derrotada, encostada à parede, com cara de esfregona ressequida, a coçar com uma mão a cor n.º 76 e com outra as partes baixas.
Há dias assim.
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH
ResponderEliminarArrasaste com o neurónio da "sãozinha";ainda se deve estar a perguntar que raio de nome lhe chamaste e para onde a mandaste! AHAHAHAHAHAHAHAHAHAH
Foi muito mau! Muito mau masmo! Tadinha da Dª São...Ao menos escrevesse num bocadito de papel a dita mensagem para ela ir ao dicionário...Ai estes pós-graduados!!! :-)
ResponderEliminarTouché! LOL
ResponderEliminarA esta hora está a dona São a coçar o ovário com a esfregona ahahahahahahaha
ResponderEliminarNada como uma boa dose de verborreia para arrasar com qualquer um ;)
Gostei imenso desta sua prosa.
ResponderEliminarA parte final fez-me lembrar umas actas que redigi há uns anos, bastante contrariada, havia colegas de letras que se recusavam a fazê-las, em que colocava palavras demasiado rebuscadas, que acabavam por não fazer muito sentido, e nunca ninguém teve coragem de me interpelar a respeito das mesmas.
Abracinho
A dona são é uma amostra de uma facção da população.
ResponderEliminarRecordo uma situação parecida, neste caso creio que possuía a personagem a cor 77.
Estas pessoas pensam que limpar as escadas e acessos do prédio dá-lhes o direito a terem um pedacinho seu na cidade.
E, vá lá, vá lá que não o disseste em italiano.
ResponderEliminarFizeste bem em ter poupado a senhora a um suicídio iminente.
Joaníssima mas qual suicídio, já sabes que em italiano tudo soa bem, até o mais vil insulto. Italiano é música :)
ResponderEliminarAnna^
ResponderEliminarDe facto a senhora ficou um pouco estranha....
:)
Malena:
ResponderEliminarEu não tenho culpa.... saíu-me....
Armilar:
ResponderEliminarLá acertar, acertei. Só não sei em quê.... :)
Ana C:
ResponderEliminarInfatti, la donna della pulizia è rimasta un pò strana, quasi incazzatta, direi. Comunque, alla fine credo che ha capito il senso della cosa.
Maria Teresa:
ResponderEliminarÉ cá das minhas!! E assim também não deixamos morrer as palavras...
Eduardo:
ResponderEliminarNão vá o sapateiro....
Joaníssima:
ResponderEliminarInanzzi tutto ti ringrazio per la tua idea. Ti posso giurare che non me la avevo pensata.... Mai dai, se riesco a trovarla un´altra volta lo farò.