Na minha ida às ilhas de bruma (da qual ainda não falei, mas não perdem por esperar) levei como amigo “Gente de Dublin”, do Joyce (juro que já tentei ler a “Odisseia” dele uma 54 vezes, mas nunca passei da página 30 e não entendo porquê). E isto é só para que conste, porque o que verdadeiramente interessa é o amigo que levei para terras afro-árabes. Pois que depois de muito cogitar, decidi levar um opúsculo do grande Sartre. Já tinha lido “A Náusea”, o seu primeiro romance, que escreveu precisamente com a idade que tenho agora, mas já há muito. Achei que era altura para o reler.
Pois bem, o pobre do livro está num estado digno de lástima graças à areia, pingos de água salgada, protector solar e outras matérias que ainda não percebi bem o que são e que mesmo que as queira tirar, seguramente não vão sair.
E agora, a grande novidade: Fiquei na página 30!
Ora não é este mesmo João Paulo o moço que é considerado o pai do existencialismo?
Não era este gaiato que preconizava a primazia da existência sobre a essência?
Da vivência subjectiva sobre o conhecimento objectivo?
Da experiência vital e individual sobre o sistema conceptual?
Pois bem! Foi o que fiz!
Grande Jean-Paul! És o maior!
Gozei a minha praia, a viagem e as visitas que fiz, bebi umas quantas cervejas, e mandei às malvas as leituras.
E gostei.
E gostei.
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