sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sartre foi a banhos





Na minha ida às ilhas de bruma (da qual ainda não falei, mas não perdem por esperar) levei como amigo “Gente de Dublin”, do Joyce (juro que já tentei ler a “Odisseia” dele uma 54 vezes, mas nunca passei da página 30 e não entendo porquê). E isto é só para que conste, porque o que verdadeiramente interessa é o amigo que levei para terras afro-árabes. Pois que depois de muito cogitar, decidi levar um opúsculo do grande Sartre. Já tinha lido “A Náusea”, o seu primeiro romance, que escreveu precisamente com a idade que tenho agora, mas já há muito. Achei que era altura para o reler.
Pois bem, o pobre do livro está num estado digno de lástima graças à areia, pingos de água salgada, protector solar e outras matérias que ainda não percebi bem o que são e que mesmo que as queira tirar, seguramente não vão sair.
E agora, a grande novidade: Fiquei na página 30!
Ora não é este mesmo João Paulo o moço que é considerado o pai do existencialismo?
Não era este gaiato que preconizava a primazia da existência sobre a essência?
Da vivência subjectiva sobre o conhecimento objectivo?
Da experiência vital e individual sobre o sistema conceptual?
Pois bem! Foi o que fiz!


Grande Jean-Paul! És o maior!


Gozei a minha praia, a viagem e as visitas que fiz, bebi umas quantas cervejas, e mandei às malvas as leituras.
E gostei.

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