quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Notas de uma viagem VII, IX, X, XII.... ad nauseam....


Digama, Stigma, Zeta, Etá..... Sampi.

Sim, é para despachar. Não ponho aqui nem uma ínfima parte do que escrevi e fotografei, mas já não há pachorra e é melhor aproveitar enquanto não me censuram o blog ou o país ainda respira. Por tudo isso e muito mais, apenas uma selecção de fotografias aqui do rapaz com uma ou outra legenda.


FAVOS DE MEL.... OU FAVOS DE FEL




CABO FRIO



Foi aqui na praia do forte, neste cabo que de facto é mais frio que o Rio, que a presença colonial se fez presente. Temperatura fenomenal, água suficientemente quente, um dia perfeito.




Hummm.... algo caseirinho, não?







Há paredes que falam, mas há embarcações que se abrissem a boca, encheriam todo um mar com palavras.








Sem comentários, mas ela consegue voar sobre o mar.

Despeço-me da Praia do Forte e de Cabo Frio.

Vou até Búzios.








BÚZIOS







É aqui que em teoria se respiram telenovelas brasileiras. Respirei beleza natural exacerbada, mas muito sovaco mal lavado também, mas isso acho que não dá para sentir na TV.

E mais uma vez, a cada canto uma surpresa. É o mal de andar com os olhos abertos.










O MARACANÃ





Palavras para quê?











SEMPRE A OLHAR PARA ONDE NÃO É SUPOSTO


















PETRÓPOLIS - A CIDADE IMPERIAL







Onde raio estou? Isto é América do Sul? Isto é Brasil? Andei a beber coisas esquisitas?


Palácio Imperial











NITERÓI











Niterói fica "do lado de lá" do Rio. Confesso que só lá queria ir para poder ver ao vivo e tocar numa das grandes obras do Mestre Niemeyer, mas o que vi foi muito mais que arquitectura fantástica do Homem, foi arquitectura genial do Criador.









A fabulosa obra de Niemeyer, o MAC - Museu de Arte Contemporânea.




















O CENTRO DO CAOS OU O CAOS DO CENTRO








Uma metróple da América do Sul, sem mais.












IPANEMA (SUSPIRO MUUUUITO LONGO), onde me perdi "em busca da bunda dourada".






PEQUENOS SEGREDOS DE UMA MUITO GRANDE CIDADE









Perdido numa travessa escondida, sem referências turísticas ou meramente indicativas, encontrei uma "jóia da coroa"- O "Real Gabinete Portuguez de Leitura". O típico e deslumbrante Manuelino engavetado num buraco. Mas o interior....






.... fala por si......


Bairro de Santa Teresa:

São já as saudades ou isto TAMBÉM me parece vagamente familiar????


O dia já amanhece na velhinha Europa. Até já, Brasil!

E foi, em muito poucas palavras e muito poucas fotografias (um grão de areia das mais de 1200 que tirei e pouco mais que duas páginas das dezenas de manchas de tinta que ocuparam o meu caderno de papel pardo). Fica muito por dizer, muito por mostrar, mas quem sabe se mais tarde, sem nada que o anuncie, não volte uma ou outra fotografia, um ou outro textito.

Obrigado pela paciência.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Pausa nas notas sobre a viagem

Caríssimos:


Aqui me penitencio pelo meu longo silêncio, prometendo de joelhos e flagelando-me caso isso não aconteça, as últimas (muitas, contudo) "notas de uma viagem" para o dia de amanhã.


Esta pausa nas "notas" deve-se tão somente ao facto de ter andado extremamente meditabundo, sorumbático e introspectivo nos últimos dias pois tomei consciência da realidade nacional (e tremem-me as extremidades digitais só de pensar no que poderei dizer em quatro dúzias de palavras acerca do assunto), bem como pelo facto de (ainda não faz 10 minutos) ter chegado a casa depois de um diluviano passeio canino e à porta do prédio estarem 4 múmias, 2 freiras, 3 putas, 1 padre e O capuchinho vermelho a bloquearem-me a entrada. Ainda pensei que fosse do sistema nervoso ou dos novos suplementos que estou a tomar. Mas não. Parece que é o tal de Luso-Carnaval.
Até amanhã.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Notas de uma viagem VII

Épsilon:

"Miserere"




O Rio de Janeiro cada vez mais me faz entender o porquê de ser a "Cidade Maravilhosa". Mas (porque há sempre um mas) decidi desviar-me dos caminhos normais, turísticos e consensuais. Só se conhece verdadeiramente uma terra se a vivermos como os filhos dela. E a parte oculta, não necessariamente por estar escondida, mas simplesmente pelo incontornável facto dos olhos só nos mostrarem aquilo que queremos ver, deixa transparecer aquilo de que uma cidade é feita. E não perde beleza por isso, antes ganha vida e alma.



O tempo continua abafado, muito húmido e quente. Nas estradas, com as mais que certas lentidões dum trânsito de milhões, passam por entre as filas de carros estes homens. Magros. Escuros. Aproveitam o trânsito parado para vender bebidas frescas e os famosos biscoitos de polvilho (doces ou salgados) da Globo, ou como eles gritam: "Biscoito Grobo". Fico a imaginar, no conforto do ar condicionado da viatura, como deve ser estar ali fora. A respirar tubos de escape de milhares de carros, sob aquele calor, com aquela estúpida humidade, para a frente e para trás, horas e mais horas, para cima e para baixo. Para vender uma água fresca, para vender uns "Grobo". Isto é agonia.


Olho para cima, não para desviar o olhar e fazer de conta que não vejo, mas para olhar mesmo para outro sítio. E as ironias da Criação decidem juntar-se todas no mesmo momento e entupir-me o cérebro em múltiplas explosões de pensamentos, emoções, conjecturas e interrogações. Sobranceiros estão ali. Impávidos. Praticamente no meio da cidade. Esses necrófagos com olhar guloso e atento a tudo o que se passa cá em baixo. Abutres. Dois e mais dois. Uns quietos, outros mais agitados. Sinto que pouco mais sou que um pedaço de carne. E a miséria só pode ser isto.





Vou continuar a deambular. Sozinho pelo centro. Aquele centro que não é o turístico, aquele que não vem nos guias, aquele que é calcorreado por pés sujos. Com uma garrafa de água numa mão e uns biscoitos doces de polvilho "Grobo" na outra.







terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Notas de uma viagem VI

Delta:

Conforme prometido, só imagens.