A primeira parte desta minha viagem pelo meu silêncio e repouso acabou. Começa a segunda parte. Destes três dias tiro dos ombros não o cansaço físico de um ano desgastante e extremamente duro e rude, que ainda o sinto e me pesa, mas tiro sim o que mais me afecta e verdadeiramente me faz ceder: preocupações, emoções descabidas, nervos desnecessários e ansiedade incontornável. Pela primeira vez em muito tempo respiro a plenos pulmões e exercito os meus pranayamas como sempre tenho desejado mas o fado do quotidiano metropolitano não me deixa.
Cada minuto que passa entendo que a minha alma precisa de aqui se reencontrar. Por isso, aqui, nesta imensidão que não se pode contar por metros quadrados de terra ( e o quanto me falta conhecer...) retorno todos os anos, para que alma e corpo se reencontrem e por fim reencontre o meu equilíbrio.
O meu último "até breve" desta minha primeira paragem (porque teimoso como sou aqui hei-de voltar, como sempre), e sempre também, como já tive oportunidade de dizer nestas vergonhosas linhas que vou escrevendo cada vez que posso, mais que a minha admiração, mais que a minha devoção, o meu amor por esta gente que prefere "antes morrer livres que em paz sujeitos".
Cheguei por ar, continuo por mar. Vou a caminho, ilha dos meus desejos, ilha dos meus encantos, ilha dos meus mistérios.
A caminho da Parte III .....