domingo, 23 de janeiro de 2011

23 de Janeiro de 2010

PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA.

VIVA PORTUGAL!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sabes?

Sabes?
Sabes quando pensas que por um minuto, por um instante, podes pensar em ti, porque não estás bem, porque parece que tudo bateu no fundo, sabes?
Sabes quando por um momento, esqueces aquela história de que a esquerda não saiba o que a direita deu? Sabes?
Sabes aqueles momentos em que não é querer cobrar, mas querer por precisar de colo e atenção, de um favor, sabes?
E dás por ti a pensar em tudo o que fizeste. Está certo, foi tudo desinteressadamente, foi tudo de uma forma perfeitamente gratuita e altruísta, foi tudo porque és assim, e foi assim que te ensinaram a ser: Dar sem esperar receber. Sabes?
Sabes quando a tua fortaleza, a tua muralha começa a dar de si, fraqueja, duvida das bases que outrora pensavas sólidas, sabes?
Sabes quando num instante tudo te parece negro e pedes, quase sem saber como fazer, ajuda? Sabes?
Sabes quando tomas consciência que não sabes pedir ajuda porque durante tanto tempo foste tu que ajudaste mesmo que não te tivessem pedido?
Sabes?
Sabes o que é lutar com os teus demónios interiores porque te sentes incapaz de por ti só continuar a carregar o mundo (o teu e o dos outros) às costas? Sabes?
Sabes quando precisas mesmo mesmo MESMO e tens, de modo atabalhoado, que pedir ajuda, pois o teu jugo é demasiado? Sabes?
Sabes quando parece (e eu tenho só a certeza que não) que o teu Deus te abandonou?
Sabes?
E sabes quando tens de resposta um “epá não posso”, um “epá, não da jeito”, um “epá, não calha” um “epá....”?

Pois. É Fodido.
Mas é quando és fraco que és forte. E manda tudo e todos à merda por uma vez e preocupa-te contigo. Só contigo. Porque podes, porque calha, porque assim aprendes. E constróis-te mais sólido que nunca, e não contes com os outros. Porque se o queres feito, tens que ser tu a fazê-lo, mas da próxima vez, antes de pré-ocupares e te preocupares trata de ti, cuida de ti, mima-te, que já mereces.

Já sabias disso, não sabias?

E porque esperaste até hoje para te amares?

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ansioso pelo resto do dia.

Tudo começa com um sonho. Um estúpido sonho. Sonhava que os três despertadores que são necessários para quotidianamente me arrancarem da cama estavam aos berros. No meu sonho, desligava-os mas eles continuavam a debitar decibéis de desespero. Um barulho infernal. E eu já com uma camada imensa de nervos por não conseguir calar os bastardos.
Afinal era um misto de sonho com realidade e eles estavam verdadeiramente de pulmões abertos. Eu é que estava a sonhar que os estava a tentar desligar. Abro os olhos, vejo as horas.
CARA***!
Salto da cama, piso o cão, cão queixa-se, cão morde-me a perna por vingança, escorrego à saída do quarto, felizmente o chão ampara-me a queda, não tenho água quente, vou ver o que se passa, relógio não pára, já tenho água quente, tomo duche, falta novamente a água quente, vou a pingar e tremer cheio de gel de duche no corpo pela casa fora ver outra vez o que se passa, volto a escorregar, desta vez só bato com o cotovelo numa esquina e fico com uma dor fininha que me faz ganir, cão acompanha o concerto, acabo duche, visto-me ao mesmo tempo que como alguma coisa e ponho a trela no cão. Saio. Chove quanto Deus a dá. Volto a casa, pego no guarda-chuva, volto a sair, os senhores da câmara decidiram que era hoje que iam capinar a selva que outrora foi um jardim, vou para o percurso alternativo, todos os outros cães e respectivos donos o fazem, cães a mais e espaço a menos, chove ainda mais mas desta vez com rajadas de vento, cães engalfinham-se uns nos outros, guarda-chuvadas em cães e donos, caos canino total, volto para casa encharcado, com o gurada-chuva já estragado por causa do vento e da porrada, continuo atrasado, saio, esqueço-me novamente do guarda-chuva, volto a casa, saio, esqueço-me da papelada, volto a subir, saio, esqueço-me do lixo, volto a subir, o cão já tinha dado conta que o saco do lixo estava ali a pedi-las, largo tudo, limpo tudo, pego no saco do lixo, saio, esqueço-me outra vez da papelada, volto a subir, volto a descer. A cabra da vizinha que tinha estado sempre durante este tempo todo no hall do prédio atira-me um "manhã agitada, ein?", e eu quase lhe digo em voz alta que mesmo assim há-de ser menos agitada que a vagina dela, a avaliar pelo entra e sai de gajos em casa dela durante todo o dia e noite. Olho para o relógio, calafrio na
espinha, carrego-lhe no acelerador. Por cerca de 5 metros. Trânsito muito lento. Chego quase uma hora atrasado. Peço desculpa. Desculpa porquê? Não é hoje.... É de hoje a oito.
Páro. Saio. Meto-me no carro, desligo o rádio e faço um minuto de silêncio.

Ansioso pelo resto do dia....