sexta-feira, 25 de maio de 2012

Final de Dia 1 e Dia 2

As saudades eram de facto muitas. Há quanto tempo, Al.??? Quase dois anos. Mas as verdadeiras amizades são assim. Podem ter sido quase dois anos, mas quando nos reencontramos o espírito é aquele de "que fizeste na semana passada?".

Fomos ao seu restaurante favorito, nos únicos e peculiares subúrbios de Londres.


A mesa posta, à nossa espera. Um Prosecco soberbo a abrir as hostilidades e um genial Chianti a acompanhar as palavras que saíam e nos faziam ora rir escabrosamente, ora limpar lágrimas que caíam descontroladamente. A verdadeira amizade é assim.Não conhece limites, não conhece o que é socialmente correcto ou incorrecto, não conhece hora certa ou incerta, não conhece outra coisa que não seja a luz mesmo no meio da escuridão.

Quantas horas estivemos no restaurante?
Quantas horas estivemos a passear depois do jantar?
Quantos abraços demos?
Quanto tempo estivemos de mãos dadas?

A verdadeira amizade não conhece circunstancialismos de tempo ou lugar.

Exaustos, fomos descansar. Daqui a poucas horas terás que trabalhar e eu terei que continuar. Para longe. Mas já sabes minha britânica amiga, e se tinhas dúvidas, desapareceram. Sempre te trouxe no coração e daqui a pouco levo mais um pouco de ti, levo a alma cheia, vais também comigo.

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Tempo só para ver alguns mails, confirmar o que já estava confirmado e afundar-me na cama. Deixei a persiana da enorme janela aberta e, enquanto ouvia uma coruja debitar a sua sabedoria, entreguei-me nos braços de Morfeu. Suspirando, de alma a transbordar, ainda me lembro de mandar um berro na língua que ainda hoje nos une para que ela ouvisse: GRAZIE!!!!!!


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Cinco da manhã. Terei efectivamente dormido? A casa estava escura, o dia ainda não tinha nascido. Desci depois de me ter arranjado para tomar o pequeno-almoço e ir para a rua. O Táxi que me levaria ao aeroporto não tardaria a estar à porta. A Al. ainda dormia. Antes de sair, peguei numa folha de rolo de cozinha e escrevinhei meia dúzia de frases e meti dentro da sua carteira.

Já a mala estava dentro do Táxi, e eu com meio corpo dentro do carro, quando ouço um "Hei!!!". Olho para a origem do som. Era a Al. Estremunhada e de pijama, estava à janela. "Dimmi!", respondi-lhe. "GRAZIE!!!!", gritou.

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Ci vedremo. Presto. Ne sono sicuro.

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Já em Heathrow, parei para admirar (pois... a minha paixão por aviões...) o A340-600 que me levará à minha próxima etapa. Serão sete horas de viagem.





Estou por minha conta agora. Começo por tentar reparar nas mais de 300 pessoas que embarcarão comigo neste voo. Não vale a pena. Vamos a isto.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Dia 1

Nota: Tudo isto será publicado já depois do meu regresso, visto ter tido problemas informáticos. Lancei mão, naturalmente, de tudo o que fui escrevendo durante a viagem.

 Dia 1

Como sempre, sempre a correr. Mesmo que a lista das coisas a fazer e a levar estivesse feita com 3 dias de antecedência, seria interessante estudar o fenómeno do seu desaparecimento 24 horas antes de ser efectivamente necessária (sempre foi assim).
Vou.
A caminho de Lisboa vou mentalmente percorrendo o que me tinha ficado da lista na memória e constato que muita coisa fica para trás.
Mas não interessa. Há mais de um ano e meio que não tenho um dia de férias.
Passaporte - OK
Bilhetes - OK
Cartão de Crédito - OK
À merda tudo o resto. Só preciso disto.

Já na porta de embarque. Nunca perceberei o porquê do povo fazer uma fila imensa mal começa o embarque e fica ali, especado, minutos infindáveis. Sou sempre dos últimos a embarcar. O meu lugar está assegurado, logo, não tem sentido outra coisa senão aguardar que o rebanho entre e a seguir, calmamente, vou eu.




A TAP sempre será a TAP. Com todos os defeitos, é a minha TAP. Levar-me-à ao meu primeiro destino: Londres. A Al. estará à minha espera. Tenho saudades dela.