terça-feira, 31 de agosto de 2010

Parte II


A primeira parte desta minha viagem pelo meu silêncio e repouso acabou. Começa a segunda parte. Destes três dias tiro dos ombros não o cansaço físico de um ano desgastante e extremamente duro e rude, que ainda o sinto e me pesa, mas tiro sim o que mais me afecta e verdadeiramente me faz ceder: preocupações, emoções descabidas, nervos desnecessários e ansiedade incontornável. Pela primeira vez em muito tempo respiro a plenos pulmões e exercito os meus pranayamas como sempre tenho desejado mas o fado do quotidiano metropolitano não me deixa.

Cada minuto que passa entendo que a minha alma precisa de aqui se reencontrar. Por isso, aqui, nesta imensidão que não se pode contar por metros quadrados de terra ( e o quanto me falta conhecer...) retorno todos os anos, para que alma e corpo se reencontrem e por fim reencontre o meu equilíbrio.

O meu último "até breve" desta minha primeira paragem (porque teimoso como sou aqui hei-de voltar, como sempre), e sempre também, como já tive oportunidade de dizer nestas vergonhosas linhas que vou escrevendo cada vez que posso, mais que a minha admiração, mais que a minha devoção, o meu amor por esta gente que prefere "antes morrer livres que em paz sujeitos".







Cheguei por ar, continuo por mar. Vou a caminho, ilha dos meus desejos, ilha dos meus encantos, ilha dos meus mistérios.













A caminho da Parte III .....

4 comentários:

  1. Termos um lugar assim para enchermos a alma esvaziada pelo quotidiano, é invejável.
    Termos um poiso só nosso, um recanto que apenas a nós diz respeito e do qual precisamos para que tudo se renove, é bom que se farta.
    Espero que tenhas conseguido trazer um bocadinho da paz que buscaste :) As fotografias são postais.

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  2. Os sítios que são nossos de coração têm sempre esse efeito em nós, de facto.
    E que sorte a tua teres-te encontrado num lugar assim, tão mágico e tão teu, onde és tu, onde te carregas de coisas boas e de onde voltas, necessariamente, mais feliz.
    É bom ter-te de volta. : )

    E, como diz a Anuças, as fotografias são, de facto, postais.
    Se algum dia fechares a mercearia já sabes que tens lugar a vender quadros na Baixa. Já tens cão e tudo. :P

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  3. É maravilhoso regressar a um lugar que faz de nós o que buscamos! É, também, muito bom ver-te regressar aqui, a este lugar, onde alguns que te não conhecem mas acabam por gostar de ti se encontram. :))) Bem-vindo de volta! :)))

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  4. Como eu o entendo, talvez porque de vez em quando também sinto essa necessidade que descreve tão bem...
    Este ano andou pelo mar...tenho saudades de fazer uma viagem assim!
    Abracinho

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