quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Bom Natal


Sei que fará amanhã um mês que nada se escreve por estas bandas. Sei que fará amanhã um mês que não mais comentei em sítio nenhum (não obstante vos andar a "seguir" e a ler.) O porquê não interessa, o porquê não é para aqui chamado, o porquê é só meu.



Mas faltam poucos dias para o Natal. E não queria que passassem estes dias sem dizer o que quer que fosse.



Bom Natal.



Para os crentes naquele nascimento singular há 2010 anos, um Santo Natal. Que ninguém se esqueça de festejar o Festejado. Que Deus menino faça nascer e renascer em cada um os valores e ideais pelos quais Ele nasceu e viveu. E pelos quais morreu. E não nos esqueçamos que foi por nós.



Para os não crentes, que este Natal seja sinónimo de reencontro e de salutar convívio familiar.



Para todos, que este Natal seja sobretudo lento, brando, calmo. Esqueçamos por um par de dias todas as nossas tristezas e frustrações, animosidades e hipocrisias, stresses e corridas. Que seja lento. Que cada momento seja vivido em intensidade. Em Paz.



Natal significa isso mesmo: nascimento. Façamo-nos pequenos, façamo-nos nada, apenas nascidos. De novo. Com todas as oportunidades pela frente. Em Paz.



E que as nossas noites não tenham escuridão.



Um Santo Natal.

Disse.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

As oliveiras e os ataques cardíacos

Nunca nestes anos de vida achei que as oliveiras pudessem ser vis, torpes, traiçoeiras e cheias do mal. Eu que desde sempre tive paixão por oliveiras (e já agora, castanheiros) e sempre me pus a observar e a acariciar esses belos muitas vezes centenários e milenários espécimes das Oleaceae.
Pois bem, as sacaninhaas são capazes das coisas mais atrozes. As aparentemente inofensivas oliveiras são capazes de provocar ataques de pânico como quem vai daqui para os S.O. com príncipio de ataque cardíaco.
Noite. Último passeio do cão. No jardinzito já famoso porque muitas vezes dele aqui falei. Os candeeiros, coitados, dão a luz que lhes permitem dar. Pouca.
Aos saltinhos na relva, tento driblar os montinhos de bosta dos outros cães. Esquerda, frente, direita, lado...
Mas ninguém poda as oliveiras. Ninguém apanha as azeitonas que elas carregam. E assim, as negras azeitonas vão caindo ao sabor do vento.
E quis a sina que duas delas caíssem em cima duma bosta enorme e já espalmada. E quis a fortuna que ficassem quase lado a lado. E quis o fado que eu, na bruma, olhasse para o chão.
E quis o destino que visse uma bosta gigante com dois imensos olhos negros a olhar para mim com um ar reprovador e assustador.
E quis Deus que o meu coração aguentasse.
E quis a economia caseira que ainda houvesse whisky em casa para acalmar os nervos.
E quis o uísque que me pusesse "uisquisito" e me tivesse dado para vos relatar esta merda.
E que a partir de agora o azeite me vá saber mal.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Já comprei todos os presentes de Natal!!!!!

É verdade! Este ano decidi que não iria comprar presentes nem para família nem para amigos, colegas ou conhecidos.

Este ano comprei um presente para cada membro do Governo.

Para todos e cada um!!!! Desde o sr. printo de sousa (primeiro ministro) até aos secretários de Estado.

Depois de muito pensar, pensar, pensar e... pensar, gastei todas as minhas economias em produtos/brinquedos para o banho.


Sim, produtos/brinquedos para o banhinho dos nossos governantes.

Não sei como não tive esta ideia antes. Acho que eles vão adorar. Só queria ter a certeza que os usam, e essa parte é que é a mais difícil.

A esta hora já estará o(a) atento(a) leitor(a) a pensar: Não vem lá coisa boa... de certeza que este estupor vai fazer uma analogia com água, barcos, naufrágios e a situação do país.

Pois não poderiam estar mais enganados. Eu também sei ser sério. São produtos/brinquedos que deverão ser usado no banho, na banheira ou no duche.

Escolhi pessoalmente um a um, tendo esmerado cuidado nos modelos e design. Falo, naturalmente, de Torradeiras e secadores de cabelo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Nem sei que diga

Depois de ler isto não sei que pense. Não sei se de facto estamos a caminhar para o fim, ou se isto é um plano bem arquitectado para esta gente nem vir a saber o que é um défice, o que são especuladores, ou o que se passa à sua volta pelo simples facto de não saberem raciocinar, pensar, ou somar 2+2.

Medo. Muito medo.....

Mas lá estatística temos!!!!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Recado àquela senhora de Barcelona

Já não vou sequer comentar o facto de, dependendo de canal, a visita do Papa a Espanha ser um fracasso ou um sucesso. Se as cerimónias estavam às moscas (como ouvi numa reportagem de uma TV) ou se não cabia nem mais uma formiga (como ouvi noutra).
A questão aqui passa por aquela senhora estar ali perto a manifestar-se contra a presença do Papa e as ideias da igreja católica, a quem acusou de ser homofóbica e contra o aborto.
Minha cara:
A senhora vive num país livre, e faz aí o que ententer. Casa com quem quiser, aborta quantas vezes lhe der na real gana e posso-lhe assegurar que não terá nenhuma manifestação de católicos na rua contra si por beijar uma pessoa do mesmo sexo, nem terá bandeiras e gritos de ordem de seguidores do catolicismo em frente à clínica onde lhe aspirarão o fruto do seu ventre.
O Papa é o chefe da Igreja Católica e fala para os católicos! Não para si! Meta isso na cabeça! Se os católicos, mesmo que não perfilhem a ideologia da senhora, querem seguir as regras que lhes são impostas pela Igreja é lá com eles! Só é católico quem quer, só cumpre as regras do catolicismo quem com elas concorda. Deixe os católicos em paz! Deixe os católicos serem católicos! É escolha livre deles!
Porque não pega a senhora nas suas bandeiras e faixas e vai fazer essa manifestação para um país islâmico ou para a frente de uma mesquita? Esses é que são tão intolerantes que não a deixam ser como a senhora é. Esses é que a apedrejariam por ser assim e não a deixariam sequer viver. Os católicos, por seu turno, a única coisa que fazem é darem-lhe a liberdade de desenvolver livremente a sua personalidade e ideologia, mesmo que com ela não concordem.
E rezam por si.

Deixe-nos em paz por favor!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Trinta e três

hahahahahahahahhahahahahahahha


Sem surpresas, o orçamento foi aprovado como se sabia que iria ser. Mas a execução do orçamento já está em movimento mesmo antes do debate na especialidade!!!!

Para os atentos, logo a seguir à votação da Lei do Orçamento, votou-se FAVORAVELMENTE E POR UNANIMIDADE o regime legal da prática do naturismo.

Sim, que de Janeiro em diante com pouco mais de um trapinho à frente e outro atrás vamos andar por aí....

E assim termina este agonio para V. Exas. que foi esta imensisão de posts sobre o Orçamento.

Trinta e dois

Não deixa de ser irónico que, para acabar, tenha subido para as últimas palavras sobre o orçamento -pelo PS - o Ernesto (mais conhecido por Augusto Santos Silva).

É engraçado não ser o ministro das finanças, mas sim o ministro da DEFESA, que não cumpriu o serviço militar quando ele era obrigatório a defender a dama do Governo.

A dama está desflorada, a direita está malhada, o país sodomizado, a esquerda revolucionária orgulhosa e agora vamos então votar...

Trinta e um - O sonho

O meu sonho:

Espero viver tempo suficiente para ver na Assembleia da República, durante um destes debates inflamados, corrosivos e explosivos, um qualquer orador que enquanto berra da tribuna solte uma audível bufa. Daquelas boas, fortes que se ouça e se sinta em todo o hemiciclo. Daquelas bufas de couves podres e ovos cozidos. Daquelas à antiga.

Um deputado que desse portanto um "arzinho de sua graça".

Uma bufa assim que deixasse bem presente na AR um cheirinho a política portuguesa.

Isso é que era. Uma bufa parlamentar.

Trinta

Fala agora Bernardino Soares, deputado do PCP.

Sempre inflamado, sempre chateado com a vida. Diz que o PCP votará contra. Diz que se está a dar cabo do Estado Social.

Presumo que por ele se importariam então os modelos dos seus amigos e camaradas, que vigoram nesses países tão desenvolvidos e livres como são Cuba, China e Coreia do Norte.

Vai lá Bernardino, que já sabemos que quando falas de direitos fundamentais e de liberdade, não sabes muito bem do que falas.

Vinte e nove

E a coisa está para acabar. Começam a lavar-se as últimas cuequitas sujas que estavam no fundo da selha.

Vinte e oito

uaaaaaaa (bocejo)

Vinte e sete

Com cara de "eu bem avisei" MFL discursou.

Adivinho que a próxima hora do debate seja:

- A culpa é tua.

- Não! A culpa é tua!

- Não, é tua!

- É tua!

- É tua!

Vinte e seis

Sobe à Tribuna Manuela Ferreira Leite.

Silêncio, que se vai cantar o fado....

Vinte e cinco



Coisas verdeiramente relevantes:


Só podem ser já reflexos da execução orçamental.
Seguramente por não haver orçamento parlamentar para o aquecimento central da Assembleia da República, Heloísa Apolónia hoje vem de mamocas tapadas.

Vinte e quatro

Tem a palavra o Sr. ministro da economia.


Alguém lhe leve uma pilha nova para o pacemaker pelamordedeus que o senhor não se aguenta.

Vinte e três

Estou em desespero:

Ministro das finanças acaba de dizer que "não há milagres".

ENTÃO?

ANDARAM A MENTIR NOS ÚLTIMOS 5 ANOS?

COMO VAI SER AGORA?

Vinte e dois

Olha, olha....

Então não é que houve um engano e meia dúzia de gralhas e afinal faltavam uns míseros 830 milhões de euros no orçamento? E agora chegaram as erratas?

O Governo enganou-se?

O Governo tentou enganar o parlamento e o povo?

O Governo mentiu?

O Governo não é sério?


Ó Raios!!!! Esta é nova..... Não está mesmo nada à espera disto...

Segundo Round...

Começa agora mesmo o segundo Round na Assembleia da República.

Reabastecido de pipocas, aí vai disto...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Vinte e um

E pronto. Por hoje acabou. Amanhã há mais.

Nota mental:

Comprar mais milho para pipocas.

Vinte

Até agora este Orçamento, esta discussão e esta realidade parlamentar está em verdadeira consonância com os dias que acabamos de viver.

Não é tanto uma discussão sobre o futuro, mas sim um epitáfio a um governo que já cheira a mirra.

A Assembleia da República deveria estar decorada com crisântemos, para condizer com o elogio fúnebre que se ouve no hemiciclo, pois hoje é que é dia de finados (ou fiéis defuntos, como quiserem).Em todos os sentidos.

Dezanove

Resumo das últimas duas horas:


Blá BláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBláBlá

Dezoito

Voltei e parece que foi tudo almoçar.

Suponho que com a crise os senhores deputados para o almoço não tenham direito a mais que uma pequena malga de vichisoise, um pires com meia fatia de carne Kobe estufada, 100g de trufa branca, meia tacinha de Château Mouton-Rothschild 1982 para acompanhar a refeição e um Kopi Lwak curto, que não há dinheiro para mais.

Dezassete

Vou dar uma volta que já não aguento mais.

Preciso de respirar.

Tanta asneira....

Dezasseis

Heloísa Apolónia do PEV fala em crime social.


Crime deveria ser a forma como ela vai vestida para o Parlamento!

Quinze

Não!


Afinal é daquela velhinha que morreu quando caíu do eléctrico em frente ao palácio foz em 1927....

Catorze

Não!

Afinal é da Banca!

Treze

Não!

Afinal é do Paulo Portas!

Doze

Não!

Afinal é dos submarinos.

Onze

Não!

Afinal é dos mercados.

Dez

Diz o sr. pinto de sousa que a culpa da situação do país é da crise internacional

Nove

Alguém dê um calmante ou uma chapada ao Primeiro-ministro. Já!!!!

Oito

Fala-se no TGV e no troço Caia-Poceirão.

Não percebo: Eu sou daqueles que quer ir até ao Poceirão e em grande velocidade!!!!

Onde é o poceirão?

Sete

Recado meu ao sr. pinto de sousa e a todo o executivo:

Ninguém olha para o rei quando é o país que vai nu.

Seis

o sr. pinto de sousa acaba de dizer:

"Confio no julgamento dos Portugueses"

Pudera!!!! Está à espera de adiamentos, recursos, prescrições e que a culpa morra solteira.

Pode ser que desta vez a justiça abra os olhinhos, sr. pinto de sousa....

Cinco

o sr. pinto de sousa retomou a palavra:

" A Irlanda...
" A Espanha...
" A Grécia....
" A Eslováquia...
" O Japão....
" A França...."


Continuo pacientemente que o sr. pinto de sousa começe a falar de Portugal...

Quatro

Francisco Assis acaba de afirmar peremptoriamente que quem governa o país é o PS e não o PSD. Quem manda no país é o PS e não o PSD. E a responsabilidade do que está feito é do Governo e do PS, e não do PSD.


Obrigado senhor, por haver alguém que assume de uma forma tão cândida a sua incompetência.

Três

Era uma vez um primeiro-ministro muito pobrezinho e muito bonzinho. tudo de mau lhe acontecia e ele andava sempre muito tristinho. e ele, coitadinho, que tanto trabalhinho tinha feito durante tantos aninhos, não percebia porque é que o barquinho que ele comandava se ia afundando devagarinho. e toda a gente lhe dizia "olha que estás a meter muita aguinha no barquinho". e ele dizia que era muito pobrezinho e muito coitadinho e que a culpa não era dele, era da quantidade de água que havia no mar, que nunca tinha havido tanta água no mar e a culpa era dos rios e da chuva.

Dois

acabou de falar o sr. pinto de sousa. O grupo parlamentar do PS levantou-se e ovacionou o primeiro-ministro.

Não sei porquê estão todos com uma cara e postura corporal não de uma ovação, mas mais de um requiem, um adeus, um até sempre.

Um

O sr pinto de sousa fala e fala e fala e fala de um orçamento e de um país que não consigo descobrir qual é.

Aguardo a qualquer momento que começe a falar de Portugal....

Começou

agora mesmo o debate do Orçamento de Estado. Imagine-se que até estou a ouvir. Não sei é se terei paciência para comentar o incomentável.

A ver....

Tem a palavra o sr. pinto de sousa que na sua normal e opaca eloquência nem ao grupo parlamentar do PS consegue arrancar convincentes aplausos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Então é assim

Afinal não foi tão difícil. Passou. É igual a ontem. É mais um.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

E agora uma coisa completamente diferente, nunca vista nem ouvida.....

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sábado, 16 de outubro de 2010

O Orçamento de Estado para 2011 em duas palavras

ESTAMOS FOD***S.

Orçamento de Estado para 2011 - Parte VIII

Acabou a apresentação do OE e a conferência de imprensa.

Vou fazer uma análise do que foi dito nesta hora e meia e já volto.

Orçamento de Estado para 2011 - Parte VII

Uma das pessoas que está na plateia e agora começa a fazer perguntas é o António Peres Metello.

É o único que praticamente não faz perguntas, mas sim rasgados elogios.

Haverá melhor coisa que um buraco financeiro assim para o António Peres Metê-lo?

Orçamento de Estado para 2011 - Parte VI

Em tom paternalista e sempre a falar dos outros, o sr. ministro das finanças fala na nossa "situação análoga" a tantos outros países.

Penso que será mais o caso de falar em situação "à nalga".

Orçamento de Estado para 2011 - Parte V

O ministro das finanças acaba de assumir de uma forma muito simpática que não acredita no seu próprio orçamento e diz que espera que não haja necessidade de mais pacotes adicionais e novas medidas durante o ano.

Somos 10 milhões a dar o "pacote" a V. Ex.ª, sr ministro.

Orçamento de Estado para 2011 - Parte IV

"O OE prevê a extinção de cerca de 50 organismos públicos".

É com muito pesar que informo que o governo não está nessa lista.

Orçamento de Estado para 2011 - Parte III

Alguém me explica pelo amor de Deus o que é "um desaceleramento muito significativo".

Orçamento de Estado para 2011 - Parte II

O ministro das finanças disse que nestes últimos dias e para acabar o OE ele a sua equipa não dormiram.

A vingança está aí. Com este Orçamento de Estado agora quem não vai dormir, e por muito tempo, são os Portugueses.

Vão ser muitas noites em claro, a fazer contas à vida...

Orçamento de Estado para 2011

Estou a ver o atrasado sr. ministro das finanças a apresentar o atrasado OE 2011:

- Com um calmante no bucho;
- Com seis pacotes de lenços de papel ao meu lado esquerdo;
- Com uma garrafa de cicuta ao meu lado direito;
- Com 3 facas de cozinha especialmente desenhadas para cortar pulsos.

Até já. Ou não...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Serviço Público

O Blog 31 da armada, que é este aqui e que é um dos meus preferidos em termos de país real, fez um trabalho fabuloso, que convido a ser visto e ouvido.

Dizer mais alguma coisa sobre isto? Não sei se vale a pena....



Que futuro?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O cheiro a sardinha

o cheiro a sardinha. sardinha assada. agora enquanto estava a dar o último passeio do cão. já estamos em outubro dia 12. mas sentir o cheiro de sardinha no ar é outra coisa. é tudo. eu que sou o último dos fachos, o último de quem com a minha idade se deleita com um cheiro. tão intenso. tão repugnante. tão bom.
deliro com o cheiro de sardinhas assadas.
isto é isto e sardinhas somos nós. sei que muitos agoniam e agonizam só com este cheiro deste peixe em cima do carvão. mas somos nós sou eu e tu. é isto a que cheiramos quer queiramos ou não.
a mar
a isto
mesmo que o abismo se apresente à nossa frente e a única saída seja um passo em frente
este cheiro é o de que tu és feito
este cheiro
este peixe
este mar
tudo isto sou eu
tudo isto és tu
nem que haja uma crise que te fará querer ter nascido noutro sítio
morrer longe daqui
mas o teu lugar é aqui
o teu fado é sofrer
e viver feliz com a desgraça
e viver com o cheiro da sardinha agarrado ao teu corpo
e lembrares-te de quem és
de quem queres ser
e de quem estás condenado a ser
sardinha
amontoado(a) numa lata social
sardinha
livre enquanto não cheira
Ouro quando se saboreia
assim somos nós
assim és tu

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O triunfo do utente

15h00. Chego ao balcão de um serviço público. Ninguém à minha frente. Era o único para ser atendido. Estou com sorte, penso, isto vai ser rápido....

Puro engano....

Nos primeiros cinco minutos os funcionários limitavam-se, volta meia volta, a olhar para mim de soslaio.

Dos cinco aos dez minutos, começou a azáfama, porquanto aos pares, iam saindo para o hall e dirigindo-se à máquina de café onde ficavam alguns minutos entre tragos e gargalhadas.

Dos dez aos quinze minutos de espera, decidi tentar em contacto visual com um qualquer,mas tenho a sensação que algo tinha caído naquele chão, pois nem um olhava para cima, ou para a frente, onde eu continuava especado e com cada vez menos paciência.

Decidi que só aguentaria até aos 20 minutos.

20 minutos de espera e nada! Fui para a esquerda e pus-me atrás de um vaso que estava no balcão,com uma planta que praticamente me escondia.

Peguei no telemóvel e marquei o número daquele serviço público. Pedi para me passarem àquele determinado serviço e vejo a senhora à minha frente do lado de lá do balcão atender. Cumprimentei o melhor que pude e pedi a informação pretendida.
Muito simpaticamente a senhora disse-me que essa informação só me poderia dar pessoalmente e, assim, teria que me deslocar aos serviços.

Pedi que levantasse a cabeça. Pus a minha melhor cara de anormalmente estúpido e começei a saltar e a acenar atrás da planta, cena digna do national geographic, dizendo:

- Já cá estou! Está a ver? Há 20 minutos!!! O único aliás deste lado do balcão para ser atendido!!! Podia levantar-se da cadeira e dar dois passos até aqui????? Agora?????

Toda a repartição continuou até ao fim com os olhos no chão. Mas agora o motivo era outro.


Triunfei.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Fotografias

Prometi, tenho que cumprir.

Não tenho paciência para escrever, mas neste próximos dias porei algumas fotografias das duas últimas, recentes, viagens.

Para que possa de alguma forma (desta forma) partilhar um pouco de por onde passo e como vou vendo as coisas.

Hoje fica um cheirinho do que teria sido o início da Parte III









terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ontem...

Ontem foi assim:








E fiquei com a ideia que depois deste CONCERTO, tudo o resto me vai parecer um BAILE.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

É muita informação junta

E não é que aqui descobri a foto do filho do CR7?


Cristiano, rapaz, tens que dizer a quem é que o puto sai. Ao segurança ou ao jardineiro?....




Há dúvidas?

Continuo fora, mas atento.

Vamos ter eleições legislativas até ao próximo verão.

Há dúvidas?

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

EU FICO!!!!!

Caras e caros compatriotas:
Ontem, sem aviso, e porque de uma urgência se tratou, tive que sair do país por motivos profissionais. Estou um pouco longe. Ao fim da noite, depois de um dia extenuante, decidi navegar pelas notícias lusas.
Estou em perfeito estado de choque, quer pelas medidas apresentadas pelo (des)governo - vão roubar para o sítio onde os outros, segundo Carlos Queirós, deveriam ter feito os testes anti- doping - quer pelas declarações ridículas, miseráveis, vergonhosas e infames do sr. almeida santos.
Haja vergonha!!!!
E acreditem que neste preciso momento passou-me pela cabeça não voltar. Que merda de país é esta? Que merda de governo é este?
Está certo que tenho a impressão que tudo isto foi o Harakiri do sr. pinto de sousa. Como ninguém o manda embora, ele faz estas cenas. Tenhamos consciência que isto foi feito para que o governo se demita, para que se crie uma crise política e os grandes aldrabões se vitimizem no fim.
Que asco!
Tenho vontade de não voltar.
P.S. - E agora finalmente percebo o porquê da sede nacional do Partido Socialista ser no Largo do Rato. É gente que só traz peste e desgraça e quanda a coisa afunda, são os primeiros a abandonar o navio. É a única coerência desses bandalhos, perdoe-me Deus.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Interrupção na Parte III

A gerência deste blog informa que interrompe a "postagem" das partes sucessivas da presente viagem, porque se vai iniciar outra da qual oportunamente, se darão ecos...

Mais uma viagem, por terram, ar e mar.

Até breve.

Estava mesmo a precisar...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Parte II


A primeira parte desta minha viagem pelo meu silêncio e repouso acabou. Começa a segunda parte. Destes três dias tiro dos ombros não o cansaço físico de um ano desgastante e extremamente duro e rude, que ainda o sinto e me pesa, mas tiro sim o que mais me afecta e verdadeiramente me faz ceder: preocupações, emoções descabidas, nervos desnecessários e ansiedade incontornável. Pela primeira vez em muito tempo respiro a plenos pulmões e exercito os meus pranayamas como sempre tenho desejado mas o fado do quotidiano metropolitano não me deixa.

Cada minuto que passa entendo que a minha alma precisa de aqui se reencontrar. Por isso, aqui, nesta imensidão que não se pode contar por metros quadrados de terra ( e o quanto me falta conhecer...) retorno todos os anos, para que alma e corpo se reencontrem e por fim reencontre o meu equilíbrio.

O meu último "até breve" desta minha primeira paragem (porque teimoso como sou aqui hei-de voltar, como sempre), e sempre também, como já tive oportunidade de dizer nestas vergonhosas linhas que vou escrevendo cada vez que posso, mais que a minha admiração, mais que a minha devoção, o meu amor por esta gente que prefere "antes morrer livres que em paz sujeitos".







Cheguei por ar, continuo por mar. Vou a caminho, ilha dos meus desejos, ilha dos meus encantos, ilha dos meus mistérios.













A caminho da Parte III .....

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tudo o que é bom acaba depressa...

E pronto. Acabou-se...

Voltei onde volto todos os anos. Onde me sinto bem, onde descanso, onde a
intensidade de tudo o que vivo me deixa feliz, onde cada ano há coisas novas.

Nestes próximos dias algumas fotografias e poucas palavras.

Mas tudo começa com uma viagem, com um voo, com um distanciamento quer físico quer mental de tudo o que é quotidiano.



E, como recompensa, um tempo fabuloso na primeira paragem. Por agora fico por aqui. Os três primeiros dias foram assim.


























quarta-feira, 18 de agosto de 2010

É do cansaço....


Porque não vem este parolo aqui dizer meia dúzia de asneiras? Porque está cansado. Muito cansado. Vou de férias. Agora sim recomeçarão os estúpidos posts. Ou só frases. Ou só fotos. Aquilo que der, aquilo que me apetecer, aquilo que, finalmente o ócio permitir.

Que fez o paspalho durante todo este tempo de silêncio? Além de se extenuar, que nem forças tem para ficar cansado, além de ter envelhecido precocemente devido a preocupações de variadíssima índole, além de se ter consumido com o Estado e com o estado a que isto chegou, além da pouca chama e réstia de esperança que ainda teima em alimentar, além de acordar de manhã com vontade de fechar logo os olhos, além de em vez de ter vontade de sorrir, ter vontade de cerrar os dentes e fechar os punhos, além de todo este cansaço, stresse e quase desespero, e porque se é certo que não há rosas sem espinhos (por acaso até há...), também não há silvados sem amoras. E no meio desta amálgama de aparentes coisas menos positivas, eis que se deu o 31 de Julho.

Umas linhas apenas para este 31 de Julho. Casaste. Por trás de todo o folclore inerente, que foi também e absolutamente bestial, perfeito, hilariante, lindo, uma festa para relembrar a cada dia que passar, está aquilo que te quero dizer minha querida, minha linda. Adoro-te. E como te disse, já merecias ser feliz. Mais feliz. Plenamente feliz. Como mereces, como Deus quer que tu sejas e te sintas todos os dias. O nosso amor é completamente incompreensível aos olhos dos comuns mortais. Completamo-nos. E por isso nunca namorámos nem nunca nos casámos. Porque somos irmãos demais para sermos amantes. Porque somos feitos à imagem e semelhança um do outro, moldados por Aquele que um dia, fez já 11 anos, decidiu que bastava que andássemos arredados um do outro e que era o momento que dois filhos Seus que ele tanto ama, se encontrassem e para sempre se completassem.

Sei que não precisas de sorte para ser feliz. Conheço-te demasiadamente bem e por isso o afirmo.
Encontraste o homem que mereces e que te merece. O teu destino está agora em jogo e a felicidade é trunfo. Tens uma filha maravilhosa. Tens tudo para estar completa. E tens-me aqui. Sempre. Para sempre. Parabéns.

A quem trabalha, bom trabalho.

A quem está de férias, um fabuloso descanso.
Eu já merecia.

Vou.

terça-feira, 13 de julho de 2010

É um Euro por favor....

Há situações em que não sei se venere os valores que os meus santos progenitores me incutiram ou se, pelo contrário, me sinta desfazado da realidade que vivencio.

Por acaso estava de fato (que é adrajo que não gosto de vestir embora seja suposto andar com ele quotidianamente, mas por vezes, ou por necessidade extrema ou porque noblesse oblige lá tem que ser e sempre arejam....) e estava a sair de um prédio de escritórios. Atrás de mim uma senhora com idade para ser minha mãe e estando eu à frente, como sempre, abro a porta e seguro-a, dando passagem à senhora dizendo (ainda por cima) "Faça o favor...".
Ora a gaja, nem para mim olha, passa como se nada fosse e sai. Nem uma palavra, nem um olhar, nada...
Este que aqui vos relata, que como já é notório também não joga com o baralho todo (e um dia destes ainda lhe corre mal a vida por força dos ímpetos), sai na peúgada (o que eu gosto desta palavra...) daquela tipa e começa a gritar "Ó se faz favor, ó se faz favor". Quis o destino que a fulana parasse e olhasse ao mesmo tempo que, chegando a ela lhe digo "É um Euro por favor..."
- Como?
- É um Euro...
- De quê?
- Sabe... Tenho a certeza que não reparou, mas o prédio não tem porteiro. Eu próprio não tenho vocação para porteiro e a minha farda quanto muito é de mecânico de automóveis como pode reparar (apontando para a minha camisa imaculada e gravata condizente). Assim, e visto que não quero acreditar que além de uma grande mal-educada nem um obrigado sabe dizer a quem lhe abre e segura a porta, como estamos em crise e a vida custa a todos só me resta cobrar-lhe pelo serviço. É um Euro por favor.

E a filha de uma grande meretriz ainda meteu a mão na carteira...

Disse-lhe:

- Guarde e meta-a.... (pausa intencional) no sítio, que nem todo o dinheiro que tem ou terá pode pagar aquilo que não sabe o que é: educação.

Ando farto de gente malcriada.

domingo, 11 de julho de 2010

E Pronto

Acabou o Mundial.

Já cá estou.

E por aí, anda alguém?

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dúvida existencial

Há coisas que me intrigam e me deixam num abismo de dúvidas.

Decidi vir almoçar a casa.

Está calor. A rua cheira a bifes, a entrada do prédio cheira a sardinhas assadas, e agora mesmo no elevador do prédio em plena hora de almoço, fiquei sem saber se devia deliciar-me, se enojar-me.

Ou alguém estava a fazer um arroz super condimentado ou alguém tinha feito um refogado debaixo dos braços.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Tungas!!!!!

E pronto.

Já estou rouco, um pouco louco e ainda não eram 15H00 com 10 minis "no bucho".

Mas foi lindo!!!!! 7-0!!!!

Caso aquele que diz que é engenheiro ( o sr. pinto de sousa) vier ler isto, fica aqui a versão para ele:

jiá istiou rioco, um biocadinhio lioco e andia nião eriam 15h00 quiom diez mienies niu biucho.

Mias fioi lindiú!!!! siete a ziero!!!!

sábado, 12 de junho de 2010

Como perder um Amigo em menos de 5 minutos

O M. era um amigo. Aliás, o M. era um Amigo. Daqueles com maiúscula, daqueles verdadeiros. O M. é um engenheiro super competente e super trabalhador. E como tal é chamado várias vezes para resolver problemas sérios, daqueles que ninguém consegue resolver.


Numa fábrica deste país, uma máquina super importante avariou. E pelos vistos era uma avaria grave. Depois de muitas tentativas, e quase em desespero, decidiram chamar o M.


Na fábrica estavam todos quase em histeria. Havia compromissos a cumprir e se a máquina não voltasse a trabalhar rapidamente rolariam cabeças, diziam. As consequências seriam desastrosas.


O M. conseguiu pôr aquilo a trabalhar num instante, e contou-me isso com alegria. Que máquina era, perguntei-lhe (estando nesse momento longe de ouvir uma resposta que faria com que desligasse imediatamente o telefone e que com isso caísse também por terra toda uma amizade de mais de 10 anos).


Era a única máquina no país que fazia as pu#%$"s das cornetas!!!! (vulgo vuvuzelas).


"Vai pró cara#%@ ó M.!"


Adeus.

Pensamento de fim-de-semana

Ainda o Mundial não tem dois dias e já os assaltos a Delegações, Atletas e Jornalistas são o que abre noticiários.
Com esta farta vilanagem algo me diz que no fim do campeonato o PIB da África do Sul vai aumentar 78%.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

10/06/2010


terça-feira, 8 de junho de 2010

As mulheres são umas falsas...

... e os homens são uns cínicos.

Penso que é pacificamente aceite que assim é. Já não é de hoje...

Em menos de três horas presenciei duas cenas fabulosas que ilustram bem a coisa.

Cena 1: Com o fantástico dia de Fevereiro que esteve hoje, e com os olhos trocados de tantas horas em frente ao computador, decidi ir dar uma volta para "apanhar ar". Entrei num daqueles quiosques de vão de escada para ver alguns títulos de jornais, quando assisto à chegada de uma amiga da proprietária. Muito saltitante, muito ofegante, vira-se para a lojista:

- Que tal? Que tal? Ficou bem, não foi?
- Estás mesmo gira!
- Achas mesmo?
- Ó Filha! Até pareces outra! Foste ao meu salão? Foi a Ilda ou a Dina?
- Foi a Dina... mas eu não queria tão curto nem era bem desta cor....
- Não digas asneiras! Estás giríssima! E esse casaco? É novo?
- Sim!
- Ficas o máximo!
- Olha vou andando que ainda tenho que apanhar o autocarro das quatro...
- Vai com Deus! E parabéns! Fica mesmo bem!

Ainda a outra não tinha passado a ombreira, a senhora do quiosque vira-se para mim, que não me conhece de lado nenhum e diz:

- O senhor já viu isto? Uma mulher casada e com filhos naqueles preparos? Isto é uma vergonha! E viu a cor daquele cabelo? Se fosse minha filha trancava-a em casa 15 dias... são umas ordinárias... parecem todas umas cadelas com o cio....


Cena 2: Café. Mesas quase coladas umas às outras. Ao meu lado um casal nos pré-quarenta, com direito a afagos mútuos:

- Mor... estou tão gorda...
- Deixa lá isso....
- A sério. Olha para isto. Nem vou ter coragem de ir à praia este ano.
- Deixa lá isso...
- É que estou mesmo gorda. Nem roupa de verão quero usar.
- Não faz mal. Eu gosto de ti na mesma. Soube-te bem comer que nem uma porca durante todo o inverno, não foi? Isso é que é importante...


..................


Há dúvidas?

domingo, 6 de junho de 2010

Às Armas!

Não, não é um grito de guerra nem qualquer incentivo bélico.
Já cheira a mundial. Recusei-me a ver o degradante folclore da partida da nossa Selecção de Futebol na TV. Fui depois, porque quando falo - bem ou mal - gosto de o fazer com conhecimento de causa, ver videos na internet sobre o que se tinha passado.
É efectivamente deprimente e degradante. É sem sombras de dúvida um espectáculo triste e bufo. Sobretudo aquela paragem numa bomba de combustíveis para "honrar" os compromissos comerciais. É demais, é doentio, é fastidioso.
Mas caramba, percebo isto. Percebo este novo (ou renovado, consoante o calendário das competiçoes internacionais) proselitismo exacerbado. Não é difícil. Já não há referências sociais, já não há ídolos criados e venerados pela sua honestidade, idoneidade ou virtude. Já não se acredita na justiça, na medicina, no ensino e muito menos em líderes políticos. Tudo soa a falso, tudo cheira a corrupção e tudo transpira oportunismo.
Assim é natural, que numa profunda crise de valores como a que este País atravessa, e porque as religiões já não chegam para colmatar todas as falhas, que se endeusem novos paradigmas. E é aí que aparece a Selecção Portuguesa de Futebol.
É para ela que transportamos as nossas frustações e é nela que depositamos as nossas esperanças. Será por ela que durante uns dias (muitos ou poucos logo se verá) regeremos o nosso dia-a-dia. É contra ela que gritaremos e explodiremos de ira se a coisa correr mal (e estamos secretamente a expelir as nossas tristezas, frustações e preocupações pessoais que nada têm a ver com o futebol), é por ela que exultaremos se a coisa correr bem (dando-nos um novo alento para o quotidiano que, qual prozac televisivo, nos fará parecer que está tudo bem e que o céu continua azul).
Renova-se o patriotismo, sendo que é naturalmente um patriotismo pífio, grita-se a plenos pulmões PORTUGAL, para uns dias depois se exibirem bandeiras espanholas nas janelas ou dizer mal da Pátria.
Mas eu percebo. É um bocadinho de nós que ali vai. É o nosso depositário de emoções.
E também estarei eu a sofrer durante aqueles minutos, também eu gritarei, também eu rirei e chorarei, também eu me emocionarei, também eu viverei tudo isto com os nervos à flor da pele, com um patriotismo eventualmente mais sentido, é verdade (mesmo que os meus companheiros de visualização televisiva me olhem com desdém quando for o único a levantar-me no café ao som d´"A Portuguesa", puser a mão direita no peito enquanto durar, e porque não consigo que seja doutra maneira, me escorrerem lágrimas por ouvir o Hino da minha Pátria.
Será por uma bola entrar numa baliza contrária que ficarei rouco e louco, que saltarei e rejubilarei, é por uma bola eu sei, é por um mero jogo de futebol, está bem. MAS É A MINHA PÁTRIA, PORTUGAL.
Seja o Deus quiser. Boa sorte, rapaziada.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Remédio infalível para acabar com a crise

Compatriotas:
EUREKA!!!!!!
Aqui este palhaço, graças à Segunda-feira (vide post anterior) em tons acastanhados, ao que escreveu e aos comentários que lhe deixaram (obrigado, obrigado...) teve uma ideia tão estupidamente bestial, mas tão genialmente brilhante, que andou vai não vai para telefonar para a Lusa, Reuters e outras agências de informação a ver quem lhe pagava mais pelo exclusivo.
É simples!
A crise tem os dias contados! Vamos rapidamente viver em abundância e prosperidade! Acreditem! Não pode falhar!!!!
Vejam lá:
Pisar merda traz dinheiro, certo? Então se conseguirmos pegar no Primeiro-Ministro e obrigá-lo a pisar toda a merda que fez e que continua a fazer estou convencido que em 3 dias somos uma potência mundial e poderemos acender cigarros com notas de €200!!!
Inicia-se aqui um movimento cívico, uma obrigação moral: o P.E.I.D.A.M.

Pega no
Engenheiro e
Imerge-o
Docemente no
Aluvião de
Merda
Hoje sou só eu, amanhã... provavelmete também... mas não interessa... o meu sonho é chegar a fazer manifestações com os mesmos 300.000 da CGTP (mais 299.999, menos 299.999).
P.E.I.D.A.M para curar o país!
P.E.I.D.A.M para acabar com a crise!
P.E.I.D.A.M para aliviar o stress!
P.E.I.D.A.M a bem da Nação!
P.E.I.D.A.M!!!!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Segunda-feira de caca


está a ser de merda, mesmo, mas assim o título não choca tanto. Ora vamos lá ver: Desde o primeiro minuto de olhos abertos que o dia tem sido de merda (e não uma merda, que é coisa diferente). Aliás, agora que faço o exercício de retrospecção, tudo já deve ter começado durante a noite, pois acordei variadíssimas vezes por causa dos estúpidos sonhos que estava a ter e que incluiam incêndios em sítios diferentes e eu sempre com o mesmo extintor a tentar apagar desesperado os vários incêndios (extintor este que tinha ficado vazio no primeiro incêndio, evidentemente) e as estranhas pastilhas elásticas que embora de marcas e cores diferentes me ofereciam e sabiam sempre a chouriço.
Ora com sonhos destes não sei porque me fui surpreendendo com o dia de merda...
Pois bem: logo de manhã, dizia eu, e mal encontrei o canídeo, o olhar comprometido com que a alimária me saudou indiciava que algo não estava bem. Mas como as minhas manhãs, como já é público (penso que terá sido o segundo post escrito nesta baiuca) também são atípicas, não dei muita importância.

E foi então assim que tudo aconteceu:

O terceiro passo na rua para o passeio matinal deu logo direito a uma escorregadela. A avaliar pelo tamanho do "bostaço", alguém deve ter passeado uma vaca em frente ao prédio pouco tempo antes. Arruinei a escultura e ficou-me presa na sola do sapato quase tanta quantidade como a produzida em dois dias pelo meu cão.

E lá foi este vosso servo deixando pegadas de merda pelo passeio fora (se não conseguisse encontrar o caminho de regresso a casa era só seguir as marcas e o cheiro) até ao jardim, tentando segurar a trela do cão com uma mão e tentando tapar o nariz com a outra para não vomitar com aquele aroma intestinal a perseguir-me e seguramente a abrir o apetite para o pequeno-almoço à rapaziada aqui do bairro...

Chegado ao jardim, e tentando limpar o melhor que sabia e podia a sola do sapato, eis que o Gui (sim, o meu cão) decide soltar o conteúdo de suas entranhas: Um líquido castanho. Está de diarreia, o cão. Lindo! E agora já começo a perceber o olhar dele em casa e começo a ter tremuras com o medo que se apodera de mim... "quando chegar a casa e fizer uma inspecçãozinha, acho que vou ter uma surpresa..."

Enquanto tentava apanhar a mistela nojenta, e com boa porção já dentro do saquinho próprio para o efeito, eis que me escorrega o auricular direito do Ipod e vai direitinho para dentro do saco...

Nesta altura passo a tentar dar a imagem. Este palerma que aqui vos escreve, de cócoras no jardim, com um sapato cheio de merda e com a perna o mais afastado possível do corpo, uma mão a segurar a trela do cão, outra a segurar o saquinho e o auricular do pequeno electrodoméstico lá dentro.

Resolvi a parte do auricular com muita imaginação e tentativas para não desatar aos berros. Pronto, vamos para casa! Já chega de infortúnios.

O pobre do bicho, mais aliviado, ia à minha frente e eis que quando visiono o seu orifício do recto - vulgo olho do cú, mas olho do cú não se escreve num blog e por isso não vou escrever olho do cú - que é das minhas primeiras vistas do dia (sortudo eu, hã? Há quem tenha vistas para o mar...) e que me indica se já está tudo feito ou se ainda tenho que dar mais uma volta, reparo que, dada a pouca consistência da produção fecal, tinha uns bons bocados agarrados...

Vou-me poupar a detalhes, mas penso que haverá poucas coisas mais degradantes do que limpar o rabinho ao cãozinho com papel higiénico segurando docemente a cauda para cima com uma das mãos (sorte não ter água de rosas em casa).

Da inspecção a casa resultou claramente ter ao cabrãozeco dado a fome durante a noite, ter feito uma incursão pela cozinha e ter decidido fazer um lanchinho (já são famosos os lanchinhos do Gui) curiosamente com alimentos que os cães não toleram.

Resultado: deixo à vossa imaginação o que encontrei, dando pistas:

- cerca de 30 litros de água gastos;
- uma embalagem de detergente para o chão com lixívia;
- uma lata de desodorizante para o ambiente;
- uma ida rápida à casa-de-banho para vomitar;
- menos um litro de leite em casa;
- menos um pacote de bolachas de aveia;
- um telefonema para um amigo médico,
- uma caixa de calmantes.

Juro que estou capaz de partir os dentes à próxima pessoa que me disser que teve um dia de merda.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Contra a corrente

Estava para me pronunciar sobre os 10(!!!!) motoristas que foram contratados para o Gabinete do Primeiro Ministro num mesmo dia (para onde o senhor vai fugir não sei, mas que seja depressa), mas basta por agora de bater no ceguinho e deprimir com as notícias do dia-a-dia.
Assim sendo, e indo contra a corrente, eis uma coisa surpreendente que um afilhado meu (Polaco) me enviou.
Brilhante. Nós, se quisermos, ainda podemos fazer alguma coisa por este país. Este é um exemplo fabuloso que ilustra o nosso potencial enquanto povo.

Orgulhemo-nos!

Está é tudo em Inglês.... mas o projecto, os técnicos, a fabricação... é tudo tudo cá do Burgo.

Encontrado em http://news.cnet.com

"Bored with your bank? Spain's Santander banking group has introduced sexy, autonomous robots to escort visitors around its lavish headquarters outside Madrid.

The sleek crimson droids, dubbed Santander Interactive Guest Assistants (SIGAs), show up once you step into the bank's opulent El Faro Visitors Center, located on a 400-acre financial campus. In the giant glass cube that serves as the entrance hall, a console with a touch-panel screen takes your destination and summons a robot via Wi-Fi. Then you're off, following your wheeled usher as it plays ambient music.

The SIGA robots operate on a multi-agent programming system designed by YDreams, a Portuguese IT company. The firm says the robo-butlers are one of the first applications of swarm robotics, the decentralized control of relatively simple machines, to a commercial setting.

The SIGAs are equipped with odometers and gyroscopes, along with 16 sonars to detect and avoid obstacles, as well as radio frequency (RF) tags that activate 12 RF sensors in the visitors center. This allows the machines to know where they are.

The robots can operate for up to six hours on a battery charge, and will automatically return to their charging station when power is running low.

After escorting you to your destination, they wish you a pleasant day and return to the cube.

Now that's what I call an automated teller machine. "

E agora.... Vejam!




CLAP CLAP CLAP CLAP

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Depois da entrevista e olhando ao meu redor

(imagem retirada de revolucionaria.files.wordpress.com - qualquer questão relacionada com direitos de autor, a imagem será imediatamente removida)


Depois de ver a entrevista do sr. pinto de sousa (vulgo Eng. José Sócrates) veio-me à memória o poema de Augusto Gil - Luar de Janeiro - em que me inspirei para a asneirada que se segue. Augusto Gil, seguramente num lugar muito melhor, que me perdoe a corruptela...



Mentes rude, rudemente
E dizes que mentes por mim
Será desespero? Será propaganda?
Propaganda não é certamente
E eu já não aguento ver-te assim.

É talvez o desvario:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma palavra da tua boca
na estranha entrevista
convencia um ceguinho...

Quem mente, assim, rudemente,
com tão estranha naturalidade,
que todos ouvem, que todos sentem
Não é desespero nem propaganda
é de quem não sabe o que é a realidade.

Fui ver. O País estava à deriva
a cada dia só piorava
o abismo estava próximo
quanto tempo mais de agonia
até o mentiroso nele mesmo não acreditava

Olho-o através do televisor
Pôs tudo da cor do paraíso.
Passa o tempo e chega o terror
da crise que não lhe tira o cínico sorriso
das palavras de rancor...

Fico olhando esses sinais
do pobre povo que te ouve
e noto, que nos tomas por anormais
em traços caricaturais
que terá que se fazer caldo verde sem couve...

E com os pés sem que calçar
a crise a todos nos deixará
insistes que isto está a andar
mesmo que se esteja a afundar
e nos abandonas aos Deus dará

Pois sabemos que és mentiroso
e sofreremos mil tormentos, enfim!
Mas o povo, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padece assim?!...

E um infinito desespero
uma profunda frustração
entra em mim, fica em mim e dá tristeza
Não há comida na mesa
e cai esta Nação.

Disse.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Agora mesmo uma mãe bêbeda

Agora mesmo. Estava a passear o cachorro no que chamam jardinzito aqui ao lado de casa. Tem um campo de futebol, um pedaço de relva e também um parque infantil. Este último pequenino, mas com as coisas básicas. Ou que agora são básicas, como um chão amortecedor, que no meu tempo equivaleu a joelhos esfolados e a sangrar com pedritas incrustadas na carne, em água oxigenada a fervilhar-me nas entranhas, eosina a pintar-me a pele, joelheiras de napa nas calças e pensos rápidos que orgulhosamente exibia no dia seguinte. No douto discurso pedagógico do meu Pai tudo isto me faria um verdadeiro Homem e me prepararia para as pedras muito maiores que me atirariam ao coração e sobretudo às convicções que me incutiu (que agradeço, venero e sigo) quando crescesse.
Mas isso agora não importa.
Ainda agora, ali, no parque infantil, uma mãe bêbeda. Chama-se Tomás, a criança (como não?).
E inebriado fiquei eu. Não sei que pensar, não sei que dizer.
Agora mesmo uma mãe bêbeda brincava com o seu filho Tomás, que não terá ainda três anos. Era uma mãe bêbeda. Que não falava, berrava. Que não andava, corria. Que não deixava fazer, fazia. Mas que não se limitava a ver, amava. Amava bêbeda.
Dos minutos que assisti vi uma mãe bêbeda, mas que bêbeda exalava também amor. Amor bêbedo, mas ainda assim amor.
Não foi a criança, mas sim a mãe bêbeda quem caiu quando tentou subir ela mesma para o escorrega. Não foi a criança, mas sim a mãe bêbeda quem chorou quando isso aconteceu.
Era uma bêbeda.
Mas era uma Mãe, com toda a força da instituição materna que lhe puseram nos ombros quando decidiu que o Tomás seria gente, e ao que parece assumiu integralmente.
O Tomás viu-me. A mim e ao Gui: E começou a gritar "Ão!, ão!" e a apontar para nós.
Decidi aproximar-me e ficar encostado às grades que isolam o parque infantil. A mãe bêbeda veio a correr e a dizer muito alto ao Tomás que não se pode ir ao encontro dos cães que não conhece. Estava bêbeda, mas era Mãe.
Disse à mãe bêbeda que o Gui não fazia mal a ninguém, que se o Tomás quisesse poderia brincar com o Gui.
Vi-lhe os únicos dois dentes que tinha, à mãe bêbeda, sentindo o acre hálito que saía da sua boca, a cara gasta e o cabelo desgrenhado, mas vi-lhe também no rosto o coração de mãe, o amor não etílico e pensei que ao mesmo tempo tantas outras mães, não bêbedas, nunca equacionariam a possibilidade de estar ali a fazer o que ela fazia pelo filho Tomás.
O Tomás agarrou no Gui e o Gui deixou-se agarrar. Deixou que o Tomás lhe desse uma palmada, lhe arrancasse pêlo, lhe metesse os deditos nos olhos. No fim o Gui ainda lhe deu uma lambidela.
Vim embora.
Sem saber o que pensar, sem saber se elogiar ou criticar. Se admirar ou abominar.
Agora mesmo uma mãe bêbeda.
Agora mesmo uma bêbeda.
Agora mesmo uma Mãe.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Faz hoje 16 anos



Faz hoje, agora, precisamente 16 anos. Foi às 0h00 do dia 7 de Maio de 1994. Sexta-feira, como se impõe, como sempre foi, como penso que sempre será. Ouvia, a medo, no meio de tantos outros milhares de "morcegos" os primeiros acordes das guitarras portuguesas que ecoavam no largo da Sé Velha para a Serenata Monumental que haveria de dar início à Queima das Fitas. Desde o primeiro minuto senti que o meu lugar era ali. A velha academia recebia-me. De braços abertos. O Fado de Coimbra entrava em mim e fazia-me vibrar. Vi gente a chorar, e na altura não percebia porquê, vi gente apática, histérica, alcoolizada, sempre sem perceber porquê. A cada dia do meu percurso académico fui percebendo, e lembro-me que na minha última Serenata Monumental também chorei, também estive apático, histérico e alcoolizado. Tudo num mesmo momento. Ou não, que o Fado tem destas coisas e compartimenta emoções.

A Serenata Monumental é sempre um marco. Impressiona e atinge letalmente mesmo o coração mais empedernido. Ninguém consegue ficar indiferente a este Fado que não é música, ao Fado que não é castiço e nem piada tem. Ao Fado que não deve ser aplaudido por ser ofensivo aplaudir tal canção coimbrã. O Fado de Coimbra é um choro cantado, acompanhado pela carpideira guitarra. Juntos fazem uma elegia difícil de entender racionalmente. Só se sente, só se pode sentir.
Neste momento, estarão milhares de estudantes - "morcegos" - ali. Uns pela primeira vez, outros pela última. Alguns chorarão também. E perpetuarão a academia. E levarão um pouco de Coimbra com eles, sendo que Coimbra já ficou com tanto deles e por causa disso se fez cidade, se fez alma, se fez mulher. Coimbra sabe ser Mãe, mas também irmã, tia-avó e madrasta. Coimbra, cidade com alma que se pode sentir, dá o dobro que recebe.
A todos os estudantes que passaram por Coimbra, ou que por Coimbra passam neste momento, um grande e sentido FRA (éférreá, que é como se diz) com uma nostalgia que dói, porque para mim Coimbra foi e ainda é... Mãe.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Aquele que tem nome de planeta já está na Europa

Aquele que tem nome de planeta já chegou. Já está na Europa. Não está em Portugal, mas aqui ao lado.
Aquele que tem nome de planeta é um rapaz com quase trinta anos do Benim.

Aquele que tem nome de planeta foi encontrado há muitos anos nas ruas de Cotonou, abandonado como tantas outras centenas de crianças com tenra idade por ali. Por nao haver dinheiro para as sustentar, por não terem ainda força suficiente, ou simplesmente porque não cabem naquilo a que chamam "casa".

Foi recolhido por frades franciscanos que têm um projecto de acolhimento e desenvolvimento. Daqueles que não são pedófilos (que os há e tantíssimos), que há mais de 20 anos deixaram a sua Europa e não regressaram e provavelmente nem as suas cinzas para cá voltarão. Daqueles que abraçaram a sua vocação e a incorporaram no dar a vida pelos outros. Uma missão de vida e para toda a vida.

Aquele que tem nome de planeta cresceu naquele centro de acolhimento, aprendeu um ofício, tornou-se educador dos mais novitos que iam chegando. Ali naquele centro pode durante muitas semanas não haver carne ou legumes frescos, mas não falta afecto, amor e um sentimento de protecção e fraternidade. Um lar.

Aquele que tem nome de planeta está doente. E graças a uma pessoa que foi como voluntária para lá durante uns meses, agora está na Europa para lhe serem feitos exames, intervenções cirúrgicas e os tratamentos que necessitar.

Mas nem tudo são rosas para aquele que tem nome de planeta.

Para lhe darem o visto e ser autorizado a sair do seu país até um ministro do Benim telefonou pessoalmente para o Hospital a fim de saber se era verdade que os exames estavam marcados.

Aquele que tem nome de planeta tem uma doença estranha e rara. Dizem que são tumores, mas que em teoria não são malignos pois com sete anos consecutivos de bolsas de carne a sairem do corpo, se fosse maligno já estaria morto.

Em Paris, onde tinha que mudar de avião desconfiaram dele e obrigaram-no a mostrar o que levava escondido debaixo da roupa, que não acreditavam que fosse um tumor. E ele publicamente teve que ostentar a sua vergonha, a sua doença e humilhar-se.

Está em Espanha. Tudo é estranho. Tudo é confuso.

E nas primeiras duas semanas tem sido muito complicado. Está numa casa particular, da voluntária, e tudo é muito estranho. É como ter uma criança e um idoso com alzheimer na mesma pessoa.

De um primeiro momento de susto e medo pelo tamanho dos prédios, pela quantidade de carros , sons e odores completamente novos, estranhos, e nem todos bons, até ao caos organizado do quotidiano urbano. Tudo é novo e assustador.

E é ter que explicar que não é magia nem produto diferente da fatia de pão que se coloca numa torradeira o que de lá sai.

É explicar que não são as paredes que se movem, antes uma caixa onde cabe gente dentro que é elevada ou descida de alturas diferentes para facilitar a mobilidade. E que não vai acontecer nada de mal naquele cubículo. E que se chama elevador.

É ter paciência infinita para explicar o que são e qual a diferença entre um frigorífico e uma máquina de lavar a louça. E entre esta e a máquina de lavar a roupa. E que não, não é a melhor solução meter os cereais (que servem para comer, aquelas partículas estranhas) dentro da máquina de lavar a louça e que não vale a pena pôr panelas e roupa suja juntas.

E é ver um sofrimento humano, contido numa débil condição física que mesmo aprendendo a vida da ocidental Europa à velocidade da luz, sente falta dos cheiros e das vistas de África. De alguém que não ousa sair sozinho de casa com medo do que este louco mundo lhe pode fazer lá fora. E assim, cirandando entre quatro paredes, no silêncio do sofrimento na carne, começa a sentir a dor na alma - mais difícil de domar e que nenhum analgésico consegue diminuir - e ora se refugia nos braços de morfeu durante horas sem fim, ou qual criança, goza da magia de uma "play station" que não percebe como funciona mas o que interessa é que há uma vida ali que o faz esquecer a vida real.

Aquele que tem nome de planeta já fez análises, biópsias, exames, no meio de curandeiros estranhos que não cantam nem dançam enquanto estão à sua volta. Num ambiente totalmente asséptico mas muito pouco ascético, sem fogueiras nem animais, sem sol, sem mar.

Aquele que tem nome de planeta está à espera dos resultados a qualquer momento.

Aquele que tem nome de planeta está à espera que os curandeiros esquisitos ditem a sua sentença. Que seja qual for, quererá cumprir no chão da sua terra, com os cheiros com que nasceu, debaixo do sol que o fez ser como é.

Hoje é só isto

Equação simples de fazer:

O Combustível não pára de aumentar e o litro do gasóleo chegou a €1,20.

Dizem que é por causa do aumento do preço da matéria prima.

Da última vez que o gasóleo esteve a este preço, o barril de petróleo custava $135

O preço do barril de petróleo está hoje a $85

A Autoridade da concorrência continua a insistir que não há cartelização nem concertação de preços.

Resultado: Já conseguiram chamar-me burro, otário e estúpido de maneiras muito mais inteligentes. Andam a perder qualidades....

terça-feira, 13 de abril de 2010

Já tenho de parte 67 cêntimos

Ora ao que parece, para salvar a Grécia "vai pega" e todos os países vão dar um contributozinho.
A nós, ricos que farta e não sabemos o que fazer ao dinheiro, cabe-nos uma "fatiazinha" de 774 milhões de Euros que, dizem, serão como que um empréstimo a 3 anos com 5% de juros.
Tu queres ver????
A primeira admiração vai para o facto de nós termos a massa para emprestar aos helénicos.
Está bem, é para os salvar, mas quem nos salva a nós?
O problema é atenas, perdão, apenas (se) ter malbaratado melhor os fundos europeus.
Fazendo as contas à pressa, isto é coisa para dar cerca de €73 (Setenta e três Euros) a cada um dos cidadãos portugueses. Sim, que quem vai pagar esta merda toda somos nós, não é o "Estado". Considerando ainda que a população activa (que é quem conta para a conta) aqui do cantinho é de cerca de 1/3 da população total, é só triplicar a quantia para saber quanto é a minha parte na brincadeira: € 219 (Duzentos e dezanove euros). Isto é quanto eu vou emprestar aos esbanjakaridis. Mas atenção que eu quero daqui a três anos o meu dinheiro com os tais 5% de juros!!!!
Comecei hoje mesmo e já tenho 67 cêntimos de parte.
PROMOÇÃO DO DIA:
PACK DE HELENO-AJUDA A 219 EUROS COM 5% EM CARTÃO
E já agora fica a ideia: Esquece-se a Madeira e ..... Arredondar para a Grécia. Ele seria nos supermercados, combustíveis, farmácias e outros que tal. Para ajudar basta arredondar.

Chiça! Já não há pachorra!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O GPS (Gente Parva, Seguramente)

Dei comigo (pois fazer mil e tal km de carro em três dias só acompanhado pelo cão dá nestas coisas) a teorizar sobre esse instrumento portátil de navegação que é o GPS.
Ao que parece não ter GPS no carro hoje em dia é o mesmo que não ter casa ou não ter roupa interior lavada.

- Tu, com os milhares de Km que fazes, NÃO TENS GPS? NÃO ACREDITO.... (esgares de espanto/pânico/incredulidade).

Ora bem, a verdade é que não tenho. Confesso que o último telemóvel que comprei tem GPS integrado, e até achei piada à coisa. Até decidir experimentá-lo algumas vezes em situações em que ele, hipoteticamente, seria da mais extraordinária utilidade. Pois bem, queria eu em Lisboa ir para o Paço do Lumiar e dou comigo a percorrer ruas em contramão, a chamar nomes ao objecto por me mandar virar em sítios onde não havia cortadas, a sair em rotundas que não existiam.... na Portela de Sacavém.

Pois bem, eu não digo que o instrumento seja absolutamenente odioso. Provavelmente há é incompatibilidades entre mim e o bicho.

Ora vem também isto à colação na medida em que há uns meses, com uma colega, a ideia era estar em Barcelos às 9H30 da madrugada. Vamos no meu ou no teu carro? Fomos no dela ("Sim, porque tenho Via Verde E GPS!!!!).
E lá fomos nós, com o pequeno electrodoméstico a debitar a voz da Carla Rocha - sim, a moça da RFM quem eu nunca pensei ser capaz de prestar estes serviços - por esse Minho fora, mas cá me quer parecer que a boa da moça tinha tido um jantar "pesado" na véspera (Ó Carla, isso foi das misturas), pois só assim consigo perceber também termos andado às voltas ao comando da voz da Carla Rocha (Carla, este cheiro no carro é o teu bafo a gin?), passando por sítios onde Deus nunca esteve, (Ó Carla, que raio andaste tu a beber?) para darmos connosco em ESPOSENDE a ver o mar. Foi aí que decidi que bastava e fui perguntar a um café quer a direcção certa, quer pedir uma água das pedras bem fresca para a pobre da Carla, que já estava rouca e seguramente a ressacar.

Ainda ontem constatava que a maioria dos carros que me ultrapassava na A2 tinham GPS e estava ligado! Mas por favor, alguém que já tenha dado com a entrada da A2 (ou outra Auto-estrada qualquer) precisa de fazer umas centenas de Kms com aquilo ligado PARA QUÊ? Se há sítios com indicações neste país são as auto-estradas.

E assim persistirei na minha teimosia de não adquirir um brinquedo desses, e andando como sempre, meio perdido, meio achado, e quando tiver que ser, encosto e dou-me ao puro prazer de uma arte, quiçá desporto nacional que se está a perder que é o do "SÁCHAVOR... para X?", sabendo que posso ouvir desde as indicações mais precisas, passando por um "vira ali ao pé da casa da jacinta que agora já não está com o Teotónio pois ele foi para A França e não voltou diz-que arranjou lá uma sirigaita que é prima do manel do talho que é onde vira logo à esquerda e uns metros à frente quando vir o Joaquim perdido de bêbado encostado ao semáforo pois anda assim desde que descobriu que o filho anda metido na droga vira à sua direita e CONTROLA a rotunda e sai na segunda ao pé da casa da ti prudência que coitada já não tem para os medicamentos que eles são uns gatunos uns ladrões e ela trabalhou a vida inteira e agora é isto", até ao derradeiro "Vai para o Car***, ó pá!"

SIC ITVR IN URBEM....

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Parabéns, Pá!

Porque hoje é o teu dia.

Porque mereces.

Com som, por favor.


sexta-feira, 26 de março de 2010

É capaz de ter aprendido

Por imperativos de frigorífico, eis que faço a romaria ao hipermercado (sempre depois das 22H00, que é quando já não tenho que andar aos encontrões a ninguém, não tenho que cumprimentar ninguém e posso dar largas à minha excentricidade quase à vontade). Quase quase a acabar, lembro-me que falta apenas guarnecer-me do sumo da minha predilecção, companheiro fiel de refeições vespertinas, lanches e pequenos-almoços (que ao jantar não dispenso um bom vinho).
Corredor acima...
Corredor abaixo...
Nada...
Queres ver que deixaram de vender?
Entretanto reparo que está uma "repositora" em cima de um banquinho a tratar de voltar a atafulhar as prateleiras. E se eu fosse lá perguntar?
A partir daí... bem.... foi isto:

Eu - Boa Noite!
Ela - .......
- Desculpe, já não há o sumo xpto?
- .......
- Há! Está mesmo à sua frente! Não se importa?
- ......
- Desculpe-me, só há este?
- ......

Imediatamente a seguir e ao lado dela, saco do telemóvel, simulo a marcação de um número e bem alto digo:
- Sim? Olha (relatando a situação e constatando que gente que também estava no corredor ia permanecendo para ouvir os meus berros/conversa telefónica simulada), tenho que mandar um mail para aqui e para os serviços centrais da sonae a dar os parabéns pelo facto de contratarem cidadãos mudos. Acho que sim. É mesmo bom saber que dão oportunidades de trabalho. É um exemplo a seguir. Sim, porque ou é muda ou é uma grande mal-educadona!!!

E ouço uma voz:

- Eu não sou muda!

- Então desde já fica a saber o que é e o que lhe resta ser na sua humana condição.

E juro que no meu imaginário ouvi uma ovação em pé enquanto sumia calmamente corredor fora.

É capaz de ter aprendido.

sexta-feira, 19 de março de 2010

O Gajo anda mesmo deprimido (ou o primeiro dia do resto da minha vida)

Nota prévia: A continuar com a produtividade que tenho apresentado neste blog, um dia destes convidam-me para deputado ou para a REN. Vou evitar ao máximo que isso aconteça.



Pois é. Algum dia tinha que acontecer.
Desde que há uns anos assumi a minha metrosexualidade (e sim, confirmo que nós, metrosexuais cuidamos da nossa aparência, compramos e usamos bons produtos quer a nível de roupa, quer a nível de higiene, perfumaria e cosmética masculina. Sim, frequentamos healht clubs e temos muito cuidado com a alimentação. Sim, adoramos entrar e gozar um bom tratamento num SPA). Tudo isto tem por premissa não propriamente o efeito perante quem vê (também muito importante), mas sobretudo, no que a mim me diz respeito, o sentir-me bem comigo mesmo.
Por uma questão não só de estilo (dizem que fica bem), mas honestamente por comodidade, a minha barba tem sempre alguns dias.
Mas há coisas que são inevitáveis, há coisas que nem os cuidados pessoais nem a cosmética conseguem evitar.
Há desilusões que nos batem como se fosse um murro bem dado nas fuças.
Há sensações únicas de um momento que nos marcarão para o resto da vida.
Há surpresas desagradáveis, inevitáveis é certo, mas que nunca pensamos que nos vão acontecer.
E de um momento para o outro, assim sem aviso, as coisas acontecem. E não se sabe o que fazer, não se sabe como reagir. Fica-se sem forças, sem ideias, tudo parece que se vai precipitar a partir daí.
O que será a partir de agora? Mil ideias por segundo surgem, desde as que parecem mais estúpidas às mais brilhantes. Mas no fim, o mesmo vazio, o mesmo silêncio, a sensação de impotência, a força do que tem mais força do que nós.

Hoje, na minha barba de 4 dias, encontrei o meu primeiro pêlo branco.

quinta-feira, 11 de março de 2010

6 anos que não se podem esquecer

Para clicar e ir ouvindo enquanto se reflecte sobre o assunto.



Esta é a brilhante música que os "La Oreja de Van Gogh" criaram para homenagear as vítimas do Atentado de 11 de Março em Madrid.


Já foi há seis anos... mas há que coisas que ficam presentes para sempre.

Acordei naquele dia 11 de Março de 2004 muito cedo num Hotel Albicastrense. Duas reuniões de manhã, almoço em Espanha, mais reuniões de tarde e regressar a casa. Liguei a Tv ainda no quarto e as primeiras informações, muito confusas, alertavam para que algo de muito errado se tinha passado na Estação de Atocha, Madrid. Não percebi muito bem o que tinha acontecido. Pouco depois do pequeno-almoço subo novamente ao quarto e aí as informações já eram muito mais claras. Tinha havido um atentado (da ETA, aventava-se erroneamente) nessa Estação. Mas a informação ainda assim era escassa.

Durante a reunião da manhã lembro-me de estar a pensar em tudo o que poderia ter acontecido, e que queria ir para algum sítio onde pudesse ter mais informação.

Já na estrada, a caminho de Espanha as informações que as rádios debitavam davam já a real dimensão da dura realidade.

SONI!!!!!!!!!!


SONI! Páro o carro e peguei a tremer no telemóvel tentando encontrar o número dela. SONI!
Do outro lado, nada. Nem tocava.
Calma, pensei. É natural. Com uma catástrofe desta dimensão as antenas devem estar mais que sobrecarregadas. Está tudo bem, de certeza.
Mas a angústia não passava. Já em Espanha, a consternação dos rostos de todos por quem passava, as imediatamente postas bandeiras a meia-haste, o silêncio nas ruas fazia tudo pesado. Muito pesado.
Consegui falar com ela. Estava bem. A viagem que ainda hoje faz diariamente até Madrid é para a Estação de Chamartín e não para a de Atocha. Estava muito assustada. A cidade estava em estado de sítio e paradoxalmente mergulhada num estranho silêncio apenas interrompido pelas sirenes de ambulâncias, bombeiros e polícia.
Ela estava bem.

Mas outros não. Eu não conhecia ninguém. Ela cohecia. Mas para mim era como se conhecesse cada um dos que sucumbiram naqueles comboios, naquela estação.

Raio de Cobardes de Merda, que não são homens suficientes para dar a cara. Ratazanas terroristas sem rosto. Que são os piores, os mais perigosos. Não se pode corajosamente combater quem cobardemente esconde o rosto.


E ainda hoje penso nos milhares de sonhos, nos milhares de planos que deixaram de se realizar naquele momento. Naquele dia.

Aquele que ia para o seu primeiro dia de trabalho, perfumado e contente. Aquela que ia visitar uma amiga que já não via há anos, aquele que ia para uma reunião importante, aquela que ia a uma consulta, aquele que ia saber um resultado de um concurso, aquela que ia para a escola, aquele que ia finalmente passear por Madrid, aquela que ia comprar um brinquedo novo para o filho, aquele que ia ver o outro ao hospital. Sei lá. Eram todos de carne e osso como eu, imbuídos nos pensamentos de quem está mesmo a chegar ao seu destino, vai começar o seu dia, vai continuar com a sua vida.

Mas o destino chegou antes deles, o dia não começou e a vida, essa, acabou.


In Memoriam




quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Notas de uma viagem VII, IX, X, XII.... ad nauseam....


Digama, Stigma, Zeta, Etá..... Sampi.

Sim, é para despachar. Não ponho aqui nem uma ínfima parte do que escrevi e fotografei, mas já não há pachorra e é melhor aproveitar enquanto não me censuram o blog ou o país ainda respira. Por tudo isso e muito mais, apenas uma selecção de fotografias aqui do rapaz com uma ou outra legenda.


FAVOS DE MEL.... OU FAVOS DE FEL




CABO FRIO



Foi aqui na praia do forte, neste cabo que de facto é mais frio que o Rio, que a presença colonial se fez presente. Temperatura fenomenal, água suficientemente quente, um dia perfeito.




Hummm.... algo caseirinho, não?







Há paredes que falam, mas há embarcações que se abrissem a boca, encheriam todo um mar com palavras.








Sem comentários, mas ela consegue voar sobre o mar.

Despeço-me da Praia do Forte e de Cabo Frio.

Vou até Búzios.








BÚZIOS







É aqui que em teoria se respiram telenovelas brasileiras. Respirei beleza natural exacerbada, mas muito sovaco mal lavado também, mas isso acho que não dá para sentir na TV.

E mais uma vez, a cada canto uma surpresa. É o mal de andar com os olhos abertos.










O MARACANÃ





Palavras para quê?











SEMPRE A OLHAR PARA ONDE NÃO É SUPOSTO


















PETRÓPOLIS - A CIDADE IMPERIAL







Onde raio estou? Isto é América do Sul? Isto é Brasil? Andei a beber coisas esquisitas?


Palácio Imperial











NITERÓI











Niterói fica "do lado de lá" do Rio. Confesso que só lá queria ir para poder ver ao vivo e tocar numa das grandes obras do Mestre Niemeyer, mas o que vi foi muito mais que arquitectura fantástica do Homem, foi arquitectura genial do Criador.









A fabulosa obra de Niemeyer, o MAC - Museu de Arte Contemporânea.




















O CENTRO DO CAOS OU O CAOS DO CENTRO








Uma metróple da América do Sul, sem mais.












IPANEMA (SUSPIRO MUUUUITO LONGO), onde me perdi "em busca da bunda dourada".






PEQUENOS SEGREDOS DE UMA MUITO GRANDE CIDADE









Perdido numa travessa escondida, sem referências turísticas ou meramente indicativas, encontrei uma "jóia da coroa"- O "Real Gabinete Portuguez de Leitura". O típico e deslumbrante Manuelino engavetado num buraco. Mas o interior....






.... fala por si......


Bairro de Santa Teresa:

São já as saudades ou isto TAMBÉM me parece vagamente familiar????


O dia já amanhece na velhinha Europa. Até já, Brasil!

E foi, em muito poucas palavras e muito poucas fotografias (um grão de areia das mais de 1200 que tirei e pouco mais que duas páginas das dezenas de manchas de tinta que ocuparam o meu caderno de papel pardo). Fica muito por dizer, muito por mostrar, mas quem sabe se mais tarde, sem nada que o anuncie, não volte uma ou outra fotografia, um ou outro textito.

Obrigado pela paciência.